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  • Neste domingo eleitores de 4 cidades voltaram às urnas; Justiça Eleitoral já realizou mais de 100 eleições suplementares desde 2020


  • Nas cidades de SP, GO e CE serão eleitos prefeitos, vices ou vereadores . Compra de votos, abuso de poder econômico e fraude à cota de gênero estão entre os principais motivos da cassação de mandatos.

Neste domingo (3), eleitores de quatro municípios voltaram às urnas para eleger prefeitos, vices ou vereadores. 

As eleições suplementares estão acontecendo neste domingo em Itupeva (SP), Ubarana (SP), Bom Jardim de Goiás (GO) e Alto Santo (CE).

As novas eleições foram determinadas logo após a Justiça anular o pleito de 2020 por irregularidades, entre as quais compra de votos e fraudes na cota de gênero.

Dados da Justiça Eleitoral apontam que o Brasil já fez mais de 100 eleições suplementares em razão de irregularidades apuradas nas últimas eleições municipais. 

Com as quatro deste domingo, serão 105 novos pleitos, 22 somente em 2023.

Além de fraude às cotas de gênero, o abuso de poder político, econômico e a compra de votos estão entre os principais motivos das perdas de mandatos dos eleitos em 2020.

Segundo a página oficial do TSE na internet, a Justiça Eleitoral fez eleições suplementares em cerca de 280 municípios nos últimos anos.

Veja abaixo:

-2019: 46

-2018: 61

-2017: 58

--2015: 19

-2014: 19

-2013: 75

Eleições deste domingo

Os eleitores de Itupeva (SP), Ubarana (SP) e Bom Jardim de Goiás (GO) voltaram às urnas neste domingo para escolher novos prefeitos e vice-prefeitos.

Na cidade de Alto Santo (CE), os eleitores foram às urnas para eleger novos vereadores. Isso porque sete dos 11 integrantes da Câmara Municipal tiveram os mandatos cassados por fraude à cota de gênero.

A Lei das Eleições determina que o partido ou a coligação preencha as vagas às câmaras municipais com no mínimo de 30% e no máximo 70% de candidaturas para cada sexo.

Estão burlando essa exigência por meio de candidaturas fictícias de mulheres tem sido uma tônica nas eleições municipais.

Os partidos fazem o registro de candidatas que não fazem campanha e terminam as eleições com poucos ou nenhum voto, com o único objetivo de cumprir a cota, o que desfigura a intenção da norma que é o estímulo à participação feminina na política.

Quando a fraude leva à nulidade de mais da metade dos votos válidos as eleições ficam prejudicadas e a Justiça Eleitoral determina um novo pleito.